Gestão de riscos no varejo: Descubra como a tecnologia otimiza o processo.

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O setor varejista vem passando por mudanças ao longo dos anos, assim como outras frentes industriais. Por isso, é fundamental ficar atento à gestão de riscos no varejo e na área da cadeia de suprimentos das indústrias do setor, já que ela é parte fundamental do abastecimento de estoques e da linha de produção.

Realizar um gerenciamento eficiente da área de supply chain da indústria varejista, inclui principalmente a análise e gestão dos riscos conhecidos e desconhecidos, além de estar em conformidade com as legislações aduaneiras, licenças, compliance na companhia etc.

Neste artigo, você vai entender como realizar uma gestão de riscos eficiente no varejo, quais cuidados deve tomar no processo e descobrir como a tecnologia torna os processos seguros, auditáveis e ágeis, para garantir maior controle operacional e melhor experiência do cliente final.

Boa leitura!

Gestão de riscos: Como gerenciar riscos de forma eficiente?

Com a evolução da globalização interligada com a transformação digital em vários setores, principalmente no varejo e na cadeia de suprimentos, é preciso ter atenção aos possíveis riscos que podem surgir ao longo da jornada.

Sendo assim, investir em equipes voltadas ao trade compliance nas indústrias varejistas e lojas de grande porte, é fundamental.

Desta forma, é possível catalogar o escopo dos riscos a que estão sujeitos ou enfrentando naquele momento, criar uma estrutura de gestão de riscos e realizar o monitoramento.

Patrick Sousa, sócio da Philos Global Services, empresa de consultoria de compliance, explica a importância de realizar uma gestão de riscos eficiente no varejo.

“O primeiro ponto é resguardar o compliance. A empresa sempre vai estar em compliance e, assim, ela consegue identificar as possíveis fragilidades dentro da operação que possam gerar algum ativo para a companhia.

Outro ponto, é se proteger de possíveis aplicações de multas ou penalidades no ato do desembaraço da mercadoria. Isso é importante porque se você tiver alguma multa ou penalidade aplicada, pode comprometer o seu processo de importação e/ou exportação, parar uma linha de produção e se você para a linha de produção, não produz o produto acabado e não entrega ao cliente. Assim, compromete a integridade da sua empresa para com o consumidor”, explica.

Ainda de acordo com Patrick, a gestão de riscos no varejo também proporciona oportunidades de melhorias e de ganhos.

“Quando você faz uma análise de riscos, você tem o conhecimento da operação, da legislação e das oportunidades que ali você pode aproveitar ou trabalhar para se resguardar”, conta.

Conheça os 3 pilares para realizar uma gestão de riscos eficiente

Aqui estão os três principais pilares para um gerenciamento efetivo. Conheça-os a seguir:

Criação de uma política

Este documento deverá ser assinado pela alta direção da companhia. Ela precisa estar ciente e dar o tom no processo de gerenciamento de riscos. Ou seja, é necessário que haja uma comunicação clara com todos os colaboradores e com o time de compliance para que as orientações sejam seguidas e os problemas tratados ou eliminados.

“Para que o sistema seja eficiente, a alta administração precisa participar desse processo instituindo uma política de gerenciamento de riscos: o que deve, o que não deve, periodicidade, entre outros aspectos”, afirma Patrick.

Mapeamento para a gestão de riscos

O mapa de riscos precisa refletir a realidade do processo.

Para realizar um mapeamento eficiente, é importante que o profissional tenha conhecimentos sobre o processo de gestão de riscos, saiba utilizar ferramentas importantes para a identificação dos riscos envolvidos na operação. É válido ressaltar que o mapeamento de riscos não deve ser confundido com o plano de ação.

Criação de um comitê

Para que o gerenciamento seja efetivo, de fato, é preciso criar um comitê para que haja a manutenção da política e do mapa de riscos, porque o sistema de gestão de riscos é vivo. Ou seja, é preciso revisitar os possíveis problemas que podem ocorrer, periodicamente.

“O comitê vai fazer com que o mapa de riscos e a política, não sejam meros documentos para apresentar, talvez, para uma certificação. Mas ele vai, de fato, tornar viva a política e o mapa de riscos, fazendo as revisões, apresentando, comunicando a todos os envolvidos, treinando e capacitando. Eu acho que essa é a estrutura de um programa efetivo de gerenciamento de riscos”, explica Sousa.

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ISO 31000

A ISO 31000 é a Norma Internacional da Gestão de Risco e estabelece as diretrizes para o direcionamento do processo nas companhias.

Os princípios da norma, são voltados à criação de valor e proteção. A ISO 31000 é uma estrutura abrangente, que trabalha com alguns pilares:

● Integração;
● Personalização;
● Inclusão;
● Dinamismo.

“Por fim, temos a melhoria contínua. A ISO 31000 trabalha com um outro ponto, que é a estrutura da liderança e do comprometimento – em que ela volta a falar de integração, concepção dos riscos, o processo de implementação, avaliação de todo esse fluxo dessa informação e do trabalho com melhoria contínua”, complementa Patrick.

Leia também: Supply chain: Como realizar uma gestão eficiente no comércio exterior?

Ainda de acordo com ele, a parte fundamental é o processo de gestão de riscos – em que o escopo, contexto e os critérios que serão abordados, vão ser definidos.

Com quais pontos-chave eu devo me preocupar na indústria do varejo?

Agora que você entendeu como realizar uma gestão de riscos eficiente, vamos conhecer os principais pontos que você deve estar atento nas operações industriais e de abastecimento da cadeia de suprimentos do varejo. Acompanhe:

1- Reputação e ética

A reputação e a ética são pontos fundamentais para a indústria do varejo.
Para que a cadeia de suprimentos seja operacionalizada com eficiência e agilidade, é preciso ter transparência nos processos internos, inclusive trazendo informações claras sobre as importações e exportações, a fim de manter o controle do estoque e a sua reputação perante os clientes que se tornaram mais exigentes por qualidade e agilidade nas entregas das mercadorias.

2- Compliance

Como estamos dizendo ao longo deste conteúdo, a preocupação com o compliance deve estar em prioridade nas companhias, para que todos os processos sejam integrados, transparentes e os riscos sejam gerenciados de forma rápida e eficiente.

3- Estratégia

A estratégia é outro fator que deve andar junto ao compliance. Ela engloba não apenas o modelo de negócio, como também o andamento da operação, os investimentos tecnológicos a serem feitos para que a linha de produção não pare e, claro, a estratégia na aquisição de sistemas de gestão inteligente para controlar o nível de estoque, armazenamento, recebimento e envio de cargas do setor de supply chain.

4- Produção e operações

A otimização do setor de produção, com a implementação de novas tecnologias, robótica, inteligência artificial e hiperautomação, não pode estar fora do radar dos gestores. Com a ajuda das tecnologias emergentes, como Machine Learning, IoT, as operações ganharão mais autonomia e agilidade, promovendo ganhos de vantagem competitiva no mercado.

Leia também: Inteligência Artificial: Importância da Automação nas Indústrias de Alimentos e Bebidas

Já em relação às operações, é importante que todas as áreas e parceiros atuantes no setor de supply chain da indústria varejista estejam engajados, trazendo informações claras e atualizadas sobre os processos.

5- Licenças e autorizações

Outro ponto que os gestores do setor de supply chain devem ficar atentos é quanto às licenças e autorizações.

Para evitar dores de cabeça desnecessárias e maior lentidão aos processos de importação e exportação, é importante verificar a necessidade da Licença de Importação, permissões especiais ou outros documentos que devam ser apresentados aos órgãos anuentes e ao fisco.

6- Classificação Tarifária

Ao realizar uma operação de comércio exterior, é importante estar atento ao preenchimento correto da classificação fiscal aduaneira da mercadoria por meio da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) correspondente às tarifas e exigências alfandegárias.

Por isso, é preciso ter um processo rígido de classificação fiscal aduaneiro, a fim de fortalecer a estrutura do trade compliance e focar nos procedimentos alfandegários.

Como existem várias possibilidades interpretativas de uma classificação fiscal aduaneira, é fundamental ter atenção e cuidado no seu preenchimento, a fim de evitar problemas com a fiscalização.

Leia também: O que é quarteirização logística no varejo?

Dados

Uma pesquisa divulgada pelo Capterra, empresa do Grupo Gartner, que contou com 1063 entrevistados, aponta que o serviço da logística das entregas influencia a satisfação de 56% deles.

Já em relação à escolha de um fornecedor, 64% dos entrevistados são influenciados, em algum grau, pelo tempo de entrega oferecido pela loja.

Em termos de fretes, o que mais desagrada são as altas taxas (38%), seguido pelo atraso no serviço logístico (26%).

Transformação digital no varejo

O varejo é um setor que vem sendo influenciado pela transformação digital. Como dissemos anteriormente, a utilização de Inteligência Artificial (IA) nas operações é uma tendência em forte crescimento em 2022.

A utilização de plataformas nativas em nuvem, também é outra tendência em crescimento exponencial.

Contratar serviços que sejam 100% em cloud, além de permitir mais agilidade nos processos, reduz custos e permite mais segurança de dados e informações.

As plataformas nativas em nuvem servirão como base para mais de 95% das iniciativas digitais até 2025.

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