Como realizar o gerenciamento de riscos na indústria de alimentos e bebidas

Para que as indústrias de alimentos e bebidas mantenham a linha de produção funcionando de forma segura, com insumos de qualidade, realizar o gerenciamento de riscos é fundamental.

O perfil dos consumidores vem passando por mudanças. Agora, eles estão mais atentos à procedência e aos padrões de qualidade dos produtos que consomem.

A indústria de alimentos e bebidas opera com produtos sensíveis e perecíveis. Por isso, é importante gerenciar os riscos em todas as etapas do supply chain, desde a escolha dos fornecedores de insumos, transporte, armazenamento, produção, distribuição e demais etapas pertinentes à operação logística.

Contar com a tecnologia neste processo é imprescindível.

Assim, realizar a rastreabilidade, mapear fluxos de trabalho, engajar os players envolvidos na cadeia de suprimentos, tornar os processos transparentes, entre outras vantagens, torna os processos internos mais seguros e auditáveis, permitindo a tomada de decisão proativa e preventiva a fim de mitigar riscos que possam causar grandes prejuízos financeiros.

Neste artigo você vai entender como gerenciar riscos de forma eficiente nas indústrias de alimentos e bebidas e descobrir como a tecnologia é grande aliada ao processo de gerenciamento de riscos na cadeia de suprimentos do setor.

Tenha uma ótima leitura!

Gerenciamento de riscos: O que é na prática?

As indústrias de alimentos e bebidas possuem processos administrativos e operacionais que seguem rígidos padrões de segurança determinados por órgãos responsáveis como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Existem vários riscos que devem ser controlados e mitigados, a fim de manter a segurança de todos os envolvidos na produção e também na área de supply chain. Confira alguns pontos que demandam atenção:

  • Manutenção de equipamentos;
  • Manipulação dos insumos;
  • Armazenagem de insumos e produtos acabados;
  • Mapeamento do fluxo de trabalho;
  • Limpeza;
  • Gestão de estoque;
  • Previsibilidade das operações da cadeia de suprimentos;

Entre outros.

Leia também: Supply Chain: Como realizar uma gestão eficiente no comércio exterior?

Na prática, o gerenciamento de riscos nas indústrias de alimentos e bebidas refere-se à avaliação, controle e comunicação de possíveis problemas, visando a qualidade do produto em todo o seu ciclo de existência.

Esses riscos são detectáveis por meio da implementação de protocolos, como os de qualidade, sanitários e segurança do trabalho.

Outros cuidados que os gestores e colaboradores devem ter, é sobre evitar a contaminação, deterioração do produto, exposição ao sol, exposição às mudanças climáticas, etc.

De acordo com a ISO 9001:2015, que refere-se ao sistema de gestão de qualidade, o risco pode ter origem na incerteza de metas e processos para determinadas atividades dentro da organização.

Existem dois princípios básico para o gerenciamento de riscos:

  • A avaliação deve ser baseada no conhecimento científico;
  • O nível de esforço, documentação e formalidade devem ser proporcionais ao risco.

Sobre o gerenciamento, há algumas etapas a serem seguidas. São elas:

  • Diagnóstico;
  • Gestão de riscos e processos;
  • Controle estatístico de qualidade;
  • Qualidade garantida;
  • Avaliação independente;

Leia também: Tendências para a indústria de alimentos e bebidas em 2022

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Gerenciamento de riscos no setor de supply chain das indústrias de alimentos e bebidas

De acordo com Patrick Sousa, sócio da Philos Global Services, empresa voltada à consultoria de compliance, é importante realizar o gerenciamento de riscos para resguardar o compliance da companhia.

“Não estar vulnerável à aplicação de multas e penalidades, não parar uma linha de produção. Gerenciando riscos, a empresa pode até ter uma oportunidade de melhoria e de ganho porque quando você faz uma análise aprofundada, consegue ter o conhecimento sobre a operação, legislação e das oportunidades para otimizar os processos”, explica.

A cadeia de suprimentos nas indústrias de alimentos e bebidas é uma área que demanda bastante atenção em todas as etapas, desde o pedido de compra até o recebimento da carga. 

Por isso, estar atento ao processo e aos possíveis gargalos que possam existir durante a jornada com os fornecedores, trajeto e recebimento da mercadoria, é fundamental. 

A transformação digital também chegou à área de comércio exterior. As aduanas estão implementando iniciativas que visam desburocratizar e agilizar processos, como o Portal Único, Programa OEA, dentre outras iniciativas.

Isso quer dizer que a tecnologia tem se tornado grande aliada às operações de importação e exportação, otimizando as operações, reduzindo custos e promovendo a visibilidade operacional aos gestores de supply chain.

Leia também: Portal Único de Comércio Exterior: Conheça as novidades do programa

O Supply Chain Management (SCM), ou gerenciamento da cadeia de suprimentos em português, é voltado à coordenação da aquisição de insumos e matérias-primas, informações sobre as operações e  transações financeiras, por meio de uma rede de parceiros envolvidos em cada etapa da operação de comércio exterior.

O seu objetivo é evitar a ruptura da cadeia de suprimentos, focando na continuidade dos processos logísticos.

Desafios

Entre os desafios enfrentados pelas indústrias de alimentos e bebidas, podemos citar: problemas relacionados a fornecedores, sistemas de distribuição, cumprimento de prazos pré-estabelecidos, matérias-primas fora das especificações, falta ou excesso de estoque, gestão do armazenamento, entre outros.

Como realizar uma gestão eficiente?

Um bom gerenciamento de riscos deve obedecer a alguns critérios. A criação de uma política assinada pela alta direção é um deles. 

Segundo Patrick, os gestores precisam estar cientes de que eles têm que dar o tom do processo de gestão.

“Se a alta direção não disser que um risco alto precisa ser tratado, mitigado ou eliminado, quem está lá na base não vai fazer porque não tem uma orientação clara. Então, para que o sistema seja eficiente, os gestores precisam participar desse processo instituindo uma política de de gerenciamento de riscos: o que deve, o que não deve, periodicidade, entre outros aspectos”. Explica.

Leia também: Controle de estoque: Como gerenciar de forma eficiente na indústria de alimentos e bebidas

Outro ponto importante é relacionado ao mapa de riscos. Ele precisa refletir a realidade do processo. 

Ainda de acordo com Patrick, “Para fazer a análise do mapa de riscos, é importante que a pessoa tenha conhecimento sobre o processo de gerenciamento de riscos e saiba utilizar ferramentas importantes para identificar ameaças envolvidas nas operações para que aquilo não se confunda com plano de ação”, comenta.

Por fim, há a criação de um comitê com objetivo de tornar viva a política de mapeamento, revisar, apresentar, comunicar a todos os envolvidos e realizar treinamentos constantes sobre o gerenciamento.

Entenda o papel da tecnologia no processo de gerenciamento de riscos

Como dissemos, as próprias aduanas estão realizando movimentos para tornar os processos mais desburocratizados.

Contar com soluções tecnológicas e inovadoras é fundamental para o sucesso da otimização das operações de importação e exportação.

Para que o profissional possa ter o histórico de um processo registrado, é importante que as informações estejam reunidas em um único ecossistema, a fim de facilitar a auditoria e consequentemente tornar os processos mais seguros.

“Toda essa rastreabilidade é importante porque quando a operação de importação é realizada, demanda inúmeras trocas de e-mails e muitas vezes eles têm o título trocado, por exemplo. Então as informações chegam desorganizadas, desencontradas. Além disso, é natural que haja a apresentação de vários documentos e informações às aduanas durante a transação de comércio exterior. Por isso, contar com um sistema de gestão inteligente é imprescindível”, comenta Sousa.

Os fabricantes têm buscado trabalhar com a rastreabilidade das operações e também das cargas importadas a fim de obter informações importantes e de qualidade, além de realizar um planejamento eficiente para reduzir custos das operações e evitar problemas maiores como a demurrage de container, por exemplo.

Os produtos devem ser rastreados de forma end to end em todas as etapas da cadeia de produção. 

Por isso, a importância de integrar os processos por meio de soluções tecnológicas como ERPs e Sistemas de gestão inteligente das informações sobre as importações e exportações.

Entre os benefícios, estão:

  • Clientes satisfeitos;
  • Padronização na gestão da organização;
  • Integração de todos os departamentos;
  • Engajamento com todos os parceiros envolvidos na operação de comércio exterior;
  • Tracking em tempo real;
  • Transparência e organização na comunicação;
  • Melhor gestão de estoque;
  • Mais agilidade;
  • Redução de custos.

Entre outros.

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