Comércio exterior: Conheça os impactos da transformação digital no setor

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A pandemia causada pela Covid-19 provocou mudanças significativas em todos os setores, modificando os nossos padrões de consumo, e o comércio exterior não ficou atrás.

A discussão sobre o futuro do comércio exterior vem à tona já que a crise sanitária trouxe grandes impactos – nem todos positivos – ao funcionamento da logística internacional.

Devido à necessidade de isolamento social durante as fases críticas da pandemia, os consumidores passaram a realizar compras por meio de e-commerce, exigindo mais da cadeia de suprimentos.

O setor sofre com processos burocráticos, complexos, com informações fragmentadas e operações demoradas.

Porém, há alguns anos, o Governo Federal vem investindo na transformação digital do comércio exterior a fim de reduzir burocracias e simplificar os processos de importação e exportação.

Além disso, mudar o mindset e investir em novas tecnologias se torna essencial para agilizar os processos e focar na estratégia operacional. Afinal, como será o futuro do comex?

Neste conteúdo, vamos explicar o papel da tecnologia na estratégia do negócio e das operações de comércio exterior e as perspectivas para o futuro da área.

O futuro do comércio exterior já começou

Assim como várias frentes de negócios foram impactadas positivamente com a transformação digital, o comércio exterior também foi beneficiado com a utilização de novas tecnologias em suas operações.

O setor de supply chain tem evoluído e seu processo de comunicação melhorado, porém, ainda existem gargalos que tornam as transações um tanto complexas e burocráticas.

Mas, apesar disso, a aceleração da transformação digital no comércio exterior vem dando sinais de que haverá mudanças a curto e médio prazos.

“A Receita Federal vem simplificando os seus processos, as empresas estão realizando a migração para a computação em nuvem (cloud), revisitando os seus processos, implantando novos sistemas ou realizando upgrades e esses são sinais de um futuro do comércio exterior tecnológico”, comenta Marcelo Matos, Cofundador da Kestraa.

Outro ponto importante é que as empresas têm buscado soluções muito especializadas nos assuntos.

“Acho que isso tem muito a ver com esse novo momento em que o ERP fica voltado para o seu próprio core, aquilo que é realmente fundamental no seu escopo. Isso exige uma especialização e até um conhecimento de negócio, como é o caso do comércio exterior que passa a ser tratado em uma solução que entende os problemas das operações e, assim, consegue trabalhar de uma forma muito mais próxima do negócio”, explica Isabel Nasser, Cofundadora da Kestraa.

Como falamos anteriormente, a Receita Federal vem simplificando os processos por meio da tecnologia.

Ainda de acordo com Isabel, esta atitude é “fundamental para a abertura do país e para ganharmos competitividade no mercado internacional”.

Programas como o Portal Único e até o Programa Operador Econômico Autorizado (Programa OEA) voltado ao gerenciamento de riscos, fazem parte da transformação digital da Aduana.

Quer saber mais?  Assista, a seguir, o vídeo sobre o futuro do comércio exterior:

Incoterms

Se você trabalha com comércio exterior, seja por exemplo como Analista de Comex ou Despachante Aduaneiro, certamente já teve contato com os Incoterms.

A sigla Incoterms é a abreviação para International Commercial Terms, que em português significa “Termos Internacionais de Comércio”.

As siglas que compõem os Incoterms são de uso obrigatório nas negociações a fim de facilitar a comunicação entre compradores e vendedores no contexto da logística internacional.

O intuito principal dos Incoterms é dar clareza para os seguintes aspectos das negociações:

  • Alocação de riscos;
  • Custos;
  • Obrigações.

Os Incoterms 2020 não apresentaram mudanças em relação à quantidade de termos existentes em 2010.

Porém, a mudança foi referente ao significado das siglas. Quer saber quais foram as principais mudanças? Confira o artigo completo sobre os incoterms!

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Futuro do comércio exterior: Conheça o Portal Único

Um dos avanços da transformação digital no setor de comex foi a implementação e atualização do Portal Único, lançado em 2014 como uma iniciativa do Governo Federal que visa reduzir burocracias, custos e tempo das transações de comércio exterior.

A tecnologia é grande aliada neste processo de desburocratização, visto que por meio do Portal Único os operadores e intervenientes encaminham documentos exigidos pelo governo durante as transações de importação e exportação, ou, ainda, relacionados ao trânsito de bens, em um único sistema.

É válido ressaltar que a cada dia em que há demora na liberação de uma mercadoria, há um aumento, em média, de 0,8% no custo do produto para as empresas.

Ouça o podcast sobre a demurrage de container:

Sendo assim, não podemos deixar de falar do Novo Processo de Importação (NPI) do Portal Único de Comércio Exterior, que deverá ser implementado integralmente até o final de 2022.

 

Uma das principais novidades do NPI, liberado em julho de 2021, é a permissão para que empresas sem a certificação no Programa Operador Econômico Autorizado (OEA) realizem importações sustentadas pelos benefícios do novo processo.

Desta maneira, haverá uma cobertura de 30% do valor total das importações brasileiras.

A previsão é que o tempo total gasto nas transações de Comex seja reduzido pela metade, após a implementação total do Programa Portal Único de Comércio Exterior.

Leia o artigo completo sobre o Portal Único

Duimp (H3)

Outra mudança trazida pela transformação digital no comércio exterior refere-se à substituição da Declaração de Importação (DI) pela Duimp no Portal Único.

Também não haverá mais obrigatoriedade da armazenagem em recinto alfandegário, de mercadorias selecionadas para o canal verde e que não necessitem de inspeção física.

Por meio dessas alterações, é possível atingir as boas práticas adotadas na cadeia de suprimentos, possibilitando a evolução e desburocratização do comércio exterior.

Leia mais sobre DUIMP

Programa OEA no comércio exterior

O Programa Operador Econômico Autorizado (Programa OEA) é considerado uma ferramenta de facilitação de comércio, prevista na Estrutura Normativa voltada à Segurança e Facilitação do Comércio Global (SAFE) da Organização Mundial de Aduanas (OMA).

O Programa OEA é uma certificação concedida pela Receita Federal do Brasil (RFB) para empresas que se submetem à sua avaliação.

Leita também: Comércio Internacional: Brasil assinará acordo com 10 países para acelerar a liberação de mercadorias

Um dos seus objetivos é manter os cuidados com a segurança da cadeia logística com base na gestão do risco operacional e, desta forma, tornar as empresas parceiras estratégicas da Receita Federal.

No modelo tradicional de gerenciamento de risco, ao receber uma carga desconhecida, é comum que os fiscais realizem procedimentos referentes à conferência do seu conteúdo interno, podendo até realizar inspeções físicas na carga.

Porém, é válido ressaltar que o tipo de estratégia utilizada pela aduana varia de acordo com a atitude da empresa.

Quando falamos em gestão de riscos, é fundamental nos atentar para a utilização da norma internacional ISO 31000, criada pela International Organization for Standardization.

Como benefícios da utilização da ISO 31000 na gestão de riscos, podemos citar:

  • Melhora da proatividade;
  • Aumento da eficiência operacional e da governança;
  • Construção da confiança entre as partes interessadas na utilização de técnicas de gerenciamento de risco.

Confira o artigo sobre o Programa OEA

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Trade Compliance torna as empresas de Comex mais competitivas

Contar com o apoio do trade compliance no comércio exterior é fundamental para o aumento da competitividade das empresas importadoras e exportadoras.

As empresas estão cada vez mais se estruturando e trazendo à tona a importância de contar com profissionais de trade compliance na própria organização, já que ele é considerado uma base de conhecimento de normas internacionais e locais.

Além disso, ele pode ser definido como o conjunto de boas práticas adotadas pelas empresas cujo objetivo é o cumprimento de normas e contratos, pautados por valores e princípios como a boa-fé, por exemplo.

O profissional responsável pelo trade compliance nas operações de importação e exportação precisa ter uma visão global do processo (end to end), não apenas de um procedimento específico.

Caso alguma coisa esteja fora das conformidades, ele deverá alertar para a incoerência e ajudar a encontrar soluções viáveis junto ao gestor de comex.

Quarteirização logística no comércio exterior e no varejo

Com a evolução da transformação digital e as mudanças no comportamento do consumidor, ficou ainda mais evidente a necessidade da quarteirização logística (4PL) nas empresas que possuem operações de importação e exportação em sua frente de negócios.

A cadeia de supply chain, além de possuir diversos participantes envolvidos nas operações, também tem diversas etapas pelas quais as cargas têm que passar até chegarem nas mãos do consumidor final.

O PL é a sigla em inglês para a expressão “Part Logistics” ou partes da logística, muito utilizado para classificar os níveis de atuação logística.

Existem 5 diferentes classificações de PL. Quer saber quais são? Confira o artigo completo sobre a quarteirização logística

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Demurrage de Contêiner: Você sabe o que é?

A demurrage nada mais é do que uma multa relacionada ao transporte marítimo e ao afretamento de navios, sendo cobrada quando o importador ultrapassa o tempo de utilização do contêiner, o free time, junto ao armador.

Por isso, é fundamental que haja o controle e o monitoramento das operações de comércio exterior para evitar custos extras.

O desembaraço de mercadorias, por exemplo, costuma levar mais tempo que o previsto, necessitando de previsibilidade para que haja um melhor planejamento.

A demurrage de contêiner é calculada diariamente e a sua contagem tem início quando a carga chega ao porto e termina quando há a devolução do container vazio no terminal em que foi acordado.

Além disso, é válido lembrar que o seu cálculo é cotado em dólar.

Quer saber mais? Não deixe de conferir o artigo completo sobre o tema.

 Cadeia de suprimentos: Como realizar uma gestão eficiente no comércio exterior

A cadeia de suprimentos, também conhecida como supply chain, é o principal pilar do setor de comércio exterior. Mas, você sabe o que de fato é a cadeia de suprimentos?

Podemos defini-la como um sistema de organizações que engloba pessoas, atividades informações e recursos envolvidos no processo de transporte de produtos e/ou prestações de serviços dos fornecedores aos clientes.

Por muitos anos, a área de comércio exterior foi considerada apenas mais um departamento das empresas.

Porém, com a evolução da disrupção tecnológica, o setor passou a desempenhar um papel mais estratégico nas organizações, com foco nos negócios, atendimento dos clientes internos e visão dos reais impactos que uma boa operação de supply chain pode gerar.

Confira o artigo completo sobre o tema!

Afinal, qual é o impacto da logística 4.0 no comércio exterior?

A logística 4.0 tem a ver com a quarta revolução industrial, onde a tecnologia passou a ser utilizada e englobada nos processos em maior escala.

No comércio exterior e no setor de logística, a transformação vem acontecendo ao longo dos anos e a expectativa é de ainda mais crescimento.

Entre os objetivos da logística 4.0, está a otimização dos processos logísticos por meio de soluções e equipamentos tecnológicos.

A ideia é que seja criado um fluxo de abastecimento que funcione de forma interligada, em cadeia.

Assim, os processos manuais passam a ser ensinados às máquinas através do machine learning tornando-os automatizados e otimizados.

Desta forma, há menos processos repetitivos, menos redigitação de informações e as tomadas de decisões se tornam mais precisas. 

Desembaraço Aduaneiro: Você sabe como funciona o processo?

 O desembaraço aduaneiro é um procedimento referente à liberação de uma carga pela alfândega para a entrada no Brasil.

A tramitação do desembaraço aduaneiro permite a nacionalização de uma carga importada para o país.

O processo é iniciado após a conclusão da conferência aduaneira. Caso esteja tudo certo, é feito o registro no SISCOMEX e há a liberação da mercadoria.

Não deixe de conferir o artigo completo sobre o desembaraço aduaneiro e saber tudo sobre o processo de liberação da mercadoria.

Parametrização da aduana: Como funciona o Canal Cinza?

 Ao chegar no Brasil, a carga passa pelo desembaraço aduaneiro, trâmite de liberação da mercadoria. Após o terminal alfandegado representante da Receita Federal emitir a presença de carga, dá-se início ao processo de desembaraço.

Após o registro da Declaração de Importação (DI), vem a fase da parametrização que é referente ao grau de fiscalização da mercadoria.

O objetivo da aduana é fiscalizar de forma mais próxima de toda mercadoria que entra por meio das fronteiras do país visando o gerenciamento de riscos.

Leia o artigo completo sobre o canal cinza e saiba mais! 

Inteligência artificial: Importância da automação nas indústrias de alimentos e bebidas.

 A inteligência artificial vem ganhando cada vez mais espaço nas indústrias de alimentos e bebidas.

A cadeia de suprimentos ainda possui processos manuais e demorados, porém a automação vem transformando esse cenário para melhor.

Com a utilização da inteligência artificial e a automação, as operações industriais vêm sendo otimizadas, já que a tecnologia possibilita a tomada de decisão mais assertiva, traz previsibilidade e diminui a chance de erros que custam caro.

Neste artigo você vai entender a importância da inteligência artificial na indústria de alimentos e bebidas e como a automação dos processos pode ser realizada com as tecnologias mais modernas do mercado. Confira!

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Entenda o papel da tecnologia no comércio exterior

Contar com soluções inovadoras nas transações de importação e exportação é essencial para garantir a eficiência da operação e a resiliência do setor perante os desafios encontrados ao longo da trajetória.

Falta de contêiner, alta do dólar, fretes mais altos, petróleo em alta, são alguns dos desafios enfrentados pela cadeia logística e que requerem planejamento estratégico e soluções tecnológicas para a gestão e integração das etapas da área de supply chain.

Realizar a gestão das informações da sua operação de comex de ponta a ponta, além de reunir e engajar os principais players envolvidos na transação, otimiza as atividades, reduz custos e gera ganho de vantagem competitiva no mercado.

Conheça a Kestraa

Com a solução, é possível obter a visão preditiva da data de entrega, realizar o custeio automático de itens importados, gerenciar o risco de ruptura de estoque e contar com o tracking completo dos embarques de forma automática.

Além disso, a plataforma é 100% em nuvem e conta com integração aos sistemas da Receita Federal e de mais de 100 armadores.

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